quarta-feira, 10 de julho de 2013

Viagem de pesquisa a Cajueiro da Praia, pelo Projeto - Piauí Janela aberta para o Mundo













No dia 27/06, visando o fechamento do primeiro semestre do projeto Piauí – Janela aberta para o Mundo, bem como a culminância do subprojeto – Litoral Piauiense: turismo e sustentabilidade, a escola Comendador Cortez, representada pelo professor idealizador e executor do projeto, o geógrafo Ismatonio Sarmento (o professor Ismar), pela professora bióloga e especialista em agricultura orgânica, Bruna Brito, além de seu diretor Roberto Carlos e mais nove alunos, esteve na cidade de Cajueiro da Praia (PI). Através desta prática de campo e pesquisa, nosso intuito foi de que nossos alunos conhecessem o projeto de preservação do peixe-boi marinho em seu estado, podendo ampliar sua gama de conhecimentos, inclusive, sobre a biodiversidade e os aspectos sociogeográficos da região pesquisada.

O peixe-boi marinho é um animal da família Trichechidae e da espécie trichechos manatus. Como o nome sugere, não se trata de um peixe, mas de uma das raras 50 espécies de mamíferos aquáticos. Hoje, este dócil e simpático gigante de corpo roliço, encontra-se em seríssimo risco de extinção.

Além de enorme, pois o peixe-boi pode chegar a medir até quatro metros de comprimento e o seu peso médio aproximar-se a 600 kg, outras características se destacam. O animal é vegetariano e se alimenta principalmente do capim agulha. O mangue constitui o principal recinto alimentício do peixe-boi.

O período de reprodução do mamífero é muito longo, variando entre 12 e 14 meses. Em 99% das vezes, nasce apenas um filhote, que encontrará uma série de obstáculos a sua sobrevivência, desde o seu nascimento. A “mamãe peixe-boi” só poderá ter filhos novamente após serem decorridos quatro anos. O que aumenta a perspectiva de preservação da espécie é o seu tempo de vida, que pode chegar a 60 anos.

A maior parte dos animais desta espécie estão distribuídos e localizados no Brasil, do litoral leste do estado de Alagoas até o litoral norte do estado do Amapá. Calcula-se que possam existir no país, aproximadamente 500 exemplares. Sua preservação é essencial para a manutenção do equilíbrio de um enorme conjunto de ecossistemas costeiros.

Uma das unidades de conservação do peixe-boi marinho fica localizada na área geográfica fronteiriça dos estados Piauí e do Ceará. É a maior área de mangues do litoral nordeste, compreendendo o complexo flúvio-estuário dos rios Timonha/Ubatuba e Cardosa/Camurupim. A administração do ecossistema fica a cargo do Instituto Chico Mendes para a preservação da biodiversidade (ICMbio), que desenvolve o projeto de ação e estudos socioambientais.

Inicialmente nossa prática de campo consistiu no conhecimento das dependências internas e externas da subsede do ICMbio nesta região. Logo depois, os alunos tiveram uma aula de campo com a bióloga e cientista social Patrícia Claro. Aonde puderam conhecer mais sobre os mangues, a biodiversidade, a Geografia e a interação social e comunitária do sistema de foz estuaria dos rios Ubatuba e Timonha.

Ao voltarem ao centro, os discentes e educadores assistiram a uma palestra, com debates interdisciplinares sobre diversos aspectos científicos. No fim, um almoço delicioso com comidas típicas, no restaurante da d. Conceição. Agradecimentos especiais a toda a equipe que nos recebeu, em especial, à colaboração, empenho e contribuição da analista ambiental Patrícia Claro.

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