sábado, 27 de abril de 2013

FEIJOADA NO COMENDADOR CORTEZ

Convidamos a todos do bairro Igaraçu e demais comunidades vizinhas a participar de uma feijoada na Escola Municipal Comendador Cortez, que acontecerá às 11:00 h (28-04-2013), lembrando que a partir das 7:00 h, acontecerá algumas atividades, como uma disputa entre o time das mulheres e após dos alunos da própria escola (masculino). Você é nosso convidado participe da 1º feijoada que será realizada em nossa escola.

domingo, 14 de abril de 2013

GRÊMIO ESTUDANTIL DO COMENDADOR CORTEZ






Alunos do Grêmio, em reunião na sala de informática para tratar de assuntos, a respeito das atividades que serão desenvolvidas na escola e comunidade durante o ano letivo ( 2013), sendo que o mesmo se renova a cada ano.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

PALESTRA RELATIVA AO PROJETO INTERDISCIPLINAR, PIAUÍ – JANELA ABERTA PARA O MUNDO



No dia 26 de março de 2013 fora realizada na Escola Municipal Comendador Cortez às 14 horas, para as turmas de 7°, 8° e 9° ano, uma Palestra cujos enfoques principais eram a Historia da Filosofia e o processo de humanização do homem.

Abaixo segue o resumo das temáticas apresentadas na Palestra:

O ser humano: trata-se do único ser vivo complexo do mundo; os demais são apenas “alegoria biológica” de “um mundo feito de humanos”. Ser, pensar, fazer e transformar, podem ser categorizados como caracteres abstratos que definem este “antropocentrismo ecossistêmico”. Sabemos o que somos e o que não somos; sabemos que somos porque pensamos, e como diria René descartes, se eu penso é porque eu existo. Este ser pensante é fazedor da sua vida e transformador da História, da sua História. A História humana é complexamente a “História das Culturas”, tendo em vista a influência dos fatores socioculturais no transcorrer do tempo, afinal, se somos homens, somos intrinsecamente cultura: seres culturais culturalizados. Para o filósofo brasileiro Gilberto Cotrim, a cultura representa todos os atributos humanos: valores, costumes, conhecimentos e crenças que formam e, ao mesmo tempo, modelam as sociedades.
As culturas se diversificam temporalmente e espacialmente, produzindo certas contradições, obcessões e agonias que são propriedade coletiva da humanidade. Como afirmaria Blaise Pascal, “o homem é uma quimera (monstro mitológico), mas também é prodígio (senhor das suas ações); o homem é juiz de todas as coisas, entretanto é a escória do universo”. “Platonificando”, assim nascem as contradições humanas, da admiração pelo que é belo e apaixonante, pela não resistência ao desejo insaciável e encantado da descoberta. As ideias teológicas, no livro de Genesis da bíblia, falam do contraditório desejo de Adão e Eva em relação ao desejo do seu criador, que os amaldiçoou por toda a eternidade. Talvez seja a Filosofia, “a maçã amaldiçoada” que as primeiras criações celestes desejaram.
Prometeu é uma espécie de Adão da mitologia grega: sua cobiça o levou a roubar o fogo do Olimpo para doar aos mortais. O fogo, por sua vez, era propriedade exclusiva dos deuses, e o preço a ser pago por Prometeu foi a condenação ao isolamento “eterno”, 30 mil anos acorrentado no monte Cáucaso. As crenças mitológicas formularam as respostas ao existencial humano até por volta do século V a.C, quando a filosofia racional pós-socrática emergiu como explicação mais coerente e ordenada sobre “o homem e o seu universo”. Platão em seus diálogos socráticos, no livro VII de “A República”, escreveu sobre “o mito da caverna”: nele, Sócrates fala sobre pessoas presas por correntes em uma caverna escura, aonde o fogo arde e irradia uma luz; as sombras humanas projetadas nas paredes da caverna são entendidas pelos presos como a realidade, não como suas sombras.
O mito platônico é uma síntese de sua teoria das ideias – na qual o mundo sensível, o mundo tal como o vemos, trata-se apenas de uma aparência, uma projeção da realidade. Para o filósofo, a busca pela verdade, pelo conhecimento pleno, seria a única forma de encontrar a claridez que fará do homem o mais completo e perfeito ser.
A filosofia clássica de Sócrates, Platão e de seu discípulo Aristóteles, se difundiu pelo mundo ocidental por volta dos século IV a.C, quando o imperador Alexandre, o grande, rei da Macedônia, propagou a cultura helênica e o conhecimento filosófico grego a todos os seus domínios. A fundação de Alexandria, centro artístico, intelectual e político do Império macedônico, talvez tenha sido o mais simbólico e histórico marco na difusão geográfica e cultural do helenismo.
Em 380 d.C, no Império Romano já decadente, a Igreja Católica é instituída como Igreja Estatal, estabelecendo o elo que fundamentaria a vida social, a História e a Filosofia nos próximos séculos. Antes, já em 312 d.C, Constantino I, teria se convertido ao cristianismo, tendo o tornado a religião oficial do Império Romano. É a partir de então que a História passa a demarcar o “nascimento” dos medos, dos valores ético-morais e da organização sociopolítica, fundados sob a égide do Teocentrismo.
Santo Agostinho (354-430 d.C) e São Tomás de Aquino (1226-1274) foram, provavelmente os maiores nomes da Filosofia durante a Idade Média. Agostinho redefiniu os princípios maniqueístas do bem e do mal, estabelecendo que o homem, como alma e corpo, deveria manter a supremacia do espírito sobre a matéria, atingindo a vontade de Deus, desta maneira, seria guiado ao caminho da verdade, da liberdade e da sabedoria, ficando livre das agruras do pecado. Em São Tomás de Aquino encontramos uma filosofia aristotélica a serviço dos valores cristãos: o ser e a essência somente se identificam naquele que é naturalmente pleno, Deus.
O poder, no medievalismo dos séculos XII ao XVI, era um fundamento político-religioso, uma lógica derivada de um princípio moral que conjugava os valores cristãos e políticos. Coube a Nicolau de Maquiavel “cerrar” a aliança entre os reis absolutistas e o clero católico. Para o príncipe o que existia era uma política idealizada, distante da realidade. O Estado constitui-se em um elemento autônomo. Para a manutenção do poder de Estado, os fins seriam justificados pelos resultados (os fins justificariam os meios).
O final da Idade Média foi marcado pelo renascimento cultural, pelo revolucionismo e pela difusão dos valores de liberdade e igualdade provindos da Revolução Francesa. Surgem os ideais iluministas e liberalistas filosóficos.
Do Racionalismo de René Descartes, passando pela concepção liberal de Hegel, pela filosofia política de Webber, as noções de Estado de Hobbes, o contrato social de Rousseau, a razão humana de Kant, a genealogia da moral de Nietzsche, a luta de classes de Marx e o existencialismo de Sartre, dentre outros, a Filosofia atinge o ápice de seu antropocentrismo, trazendo consigo todo um arcabouço teórico e prático ligado às questões sociais e humanitárias.
Imagino que o humanitarismo seja a maior dádiva que a História da Filosofia trouxe para o presente. Nossos medos, finalmente, podem ter uma clarividência em um único medo, o medo da morte. A morte do espiritualismo humano, do sonho, da coragem, do amor, da paz, enfim, a morte da esperança. A esperança; esta se concretiza como a mais ávida das virtudes humanas. Como dissera Jean Paul Sartre, “a esperança sempre foi uma das forças dominantes das revoluções e das insurreições, e eu ainda sinto a esperança como minha concepção de futuro”. Nossa existência é uma luta interna, travada entre o pecado que nos foi legado e a esperança infindável de um mundo mais justo.