No dia 27/06, visando o fechamento do primeiro semestre do projeto Piauí – Janela aberta para o Mundo, bem como a culminância
do subprojeto – Litoral Piauiense: turismo e sustentabilidade, a escola
Comendador Cortez, representada pelo professor idealizador e executor do
projeto, o geógrafo Ismatonio Sarmento (o professor Ismar), pela professora
bióloga e especialista em agricultura orgânica, Bruna Brito, além de seu
diretor Roberto Carlos e mais nove alunos, esteve na cidade de Cajueiro da Praia (PI).
Através desta prática de campo e pesquisa, nosso intuito foi de que nossos
alunos conhecessem o projeto de preservação do peixe-boi marinho em seu estado,
podendo ampliar sua gama de conhecimentos, inclusive, sobre a biodiversidade e
os aspectos sociogeográficos da região pesquisada.
O peixe-boi marinho é um animal
da família Trichechidae e da espécie trichechos manatus. Como o nome sugere,
não se trata de um peixe, mas de uma das raras 50 espécies de mamíferos
aquáticos. Hoje, este dócil e simpático gigante de corpo roliço, encontra-se em
seríssimo risco de extinção.
Além de enorme, pois o peixe-boi
pode chegar a medir até quatro metros de comprimento e o seu peso médio
aproximar-se a 600 kg, outras características se destacam. O animal é
vegetariano e se alimenta principalmente do capim agulha. O mangue constitui o
principal recinto alimentício do peixe-boi.
O período de reprodução do
mamífero é muito longo, variando entre 12 e 14 meses. Em 99% das vezes, nasce
apenas um filhote, que encontrará uma série de obstáculos a sua sobrevivência,
desde o seu nascimento. A “mamãe peixe-boi” só poderá ter filhos novamente após
serem decorridos quatro anos. O que aumenta a perspectiva de preservação da
espécie é o seu tempo de vida, que pode chegar a 60 anos.
A maior parte dos animais desta
espécie estão distribuídos e localizados no Brasil, do litoral leste do estado
de Alagoas até o litoral norte do estado do Amapá. Calcula-se que possam
existir no país, aproximadamente 500 exemplares. Sua preservação é essencial
para a manutenção do equilíbrio de um enorme conjunto de ecossistemas
costeiros.
Uma das unidades de conservação
do peixe-boi marinho fica localizada na área geográfica fronteiriça dos estados
Piauí e do Ceará. É a maior área de mangues do litoral nordeste, compreendendo
o complexo flúvio-estuário dos rios Timonha/Ubatuba e Cardosa/Camurupim. A administração
do ecossistema fica a cargo do Instituto Chico Mendes para a preservação da
biodiversidade (ICMbio), que desenvolve o projeto de ação e estudos socioambientais.
Inicialmente nossa prática de
campo consistiu no conhecimento das dependências internas e externas da subsede
do ICMbio nesta região. Logo depois, os alunos tiveram uma aula de campo com a
bióloga e cientista social Patrícia Claro. Aonde puderam conhecer mais sobre os
mangues, a biodiversidade, a Geografia e a interação social e comunitária do
sistema de foz estuaria dos rios Ubatuba e Timonha.
Ao voltarem ao centro, os discentes e educadores assistiram a uma palestra, com debates interdisciplinares sobre diversos
aspectos científicos. No fim, um almoço delicioso com comidas típicas, no
restaurante da d. Conceição. Agradecimentos especiais a toda a equipe que nos
recebeu, em especial, à colaboração, empenho e contribuição da analista
ambiental Patrícia Claro.
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